quinta-feira, 28 de agosto de 2014

A Sociedade Contemporânea

Que maravilha! 
Chegamos ao fim do tempo,
Onde o tempo não tem fim e não temos mais de buscar por ele.
Tudo aquilo que se queria conquistar foi conquistado.
Descobrimos o mundo que estava aqui para tal finalidade.

E agora o que nos resta ?
Comemorar e usufruir de nossas conquistas.
Vamos gastar sem medo, estragar sem dó,
Não precisamos mais nos cansar em inventar e criar,
Está tudo aqui para nós!

Não temos que sentir para fazer arte... apenas espirrar nas telas o que engolimos,
Não temos que pensar para filosofar... a televisão nos responde ao monólogo interior
Não temos que criar.... os antepassados deixaram tudo disposto para recriarmos,
Não temos que economizar... porque tudo o que a sociedade contemporânea faz é reproduzir.

Reproduzir quantas vezes quiser,
Reproduzir quantas vezes for preciso,
Reproduzir mesmo se não for preciso,
Reproduzir até explodir esse mundo saturado,
Porque essa sociedade é a reprodução de tudo o que já foi um dia. 
Reproduzir é o que há de novo.

Amanda Borgato

Simplesmente amar...

Quando as coisas tem que acontecer,
Elas simplesmente acontecem, 
Não importa a hora ou o lugar,
Não adianta fugir ou evitar,
A única coisa que se pode fazer,
É deixar acontecer,
Se entregar,
Ir além das fronteiras,
Além dos limites,
Sem se arrepender
Simplesmente amar. 


quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Análise: Relacionamentos amorosos associados a entropia na teoria matemática de Shannon e Weaver

Em meio aos meus devaneios, constatei a possibilidade de se fazer uma associação com os relacionamentos amorosos e a teoria matemática de Shanon e Wiever. Coisa de doida? Talvez. Mas mesmo assim eu pensei, e quando pensamos, escrevemos.
Então, vamos a análise. Se pensarmos no surgimento de  um lindo romance como o início de um sistema de comunicação, em que ambos trocam as informações para manter o equilíbrio do próprio sistema, a chamada homeostase, ou seja, a troca de experiências, o cuidado de saber o que falar no início do namoro e a vontade de torna-lo duradouro. Isso tudo, faz com que o casal se encante um pelo o outro, devido a força de vontade e a esperança de que o namoro ou sistema poderá dar certo. 
Porém, devido ao costume e comodismo, adquirido com o passar do tempo, esse sistema tende a deixar de trocar informações e se torna  falho, assim, se iniciam as brigas, desentendimentos e magoas no namoro, o que, para a teoria matemática nada mais é do que a denominada entropia ou a desorganização do sistema. E o sistema comunicativo simplesmente se esvai e resulta no fim do namoro,  fazendo com que os indivíduos procurem outro sistema para se organizar novamente, repetindo o processo várias e várias vezes no decorrer de suas vidas. Ou não, se a pessoa for inteligente para perceber o que há de errado com ela, ou até mesmo sofrer o fenômeno '' Amor de contos de fada'' (segunda opção meio improvável, a não ser que você se chame Cinderela, Rapunzel ou sei lá o que).
Bem, conclui-se então, que quando há a troca de informações correta, o sistema atinge a homeostase. E na relação amorosa, o mesmo acontece. Por isso, quando o casal continua, mesmo depois de um tempo de convivência, deixando claro seus sentimentos e vontades para o parceiro e este por sua vez o compreende e investe no bem estar do outro, o romance tende a dar certo. Entendeu? A solução para que qualquer coisa na vida dê certo é a comunicação, inclusive para os romances. Agora que você leu esse post, nunca mais terá problemas de relacionamento. Lembre-se de Shannon e Weaver.

Amanda Borgato

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Amor á primeira vista.

Estava caminhando pela rua, quando ele apareceu bem diante dos meus olhos. Fiquei sem ação, nunca tive a oportunidade de encontrá-lo pessoalmente.
Estava extremamente lindo, deslumbrante, os olhos brilhantes, a vestimenta perfeita e uma expressão imponente, apesar de nunca tê-lo visto feio, ou se quer desleixado. Continuei caminhando pela rua, procurando ser natural, mas não consegui nem olhar em seus olhos. E sem perceber, acabei esbarrando nele. Emocionante, quase perdi o fôlego. Prometi nunca mais lavar aquele ombro.
Fui para casa pensando naquele repentino encontro. Não podia negar, estava fascinada por ele, embora soubesse que não podia ser meu, pois com certeza já pertencia a alguém. Nunca conseguiria tê-lo só para mim. Mas com o passar do tempo, estava cada vez mais difícil viver sem ele. Sua imagem sempre vinha a mente e fazia com que eu pensasse nele o dia todo.
Houve até um dia em que tive a oportunidade de reencontrá-lo. Lindo como sempre é claro. Até pensei em falar um "Oi, tudo bem?", mas achei melhor não, ele não entenderia.
E o tempo passou, ele não saia da minha cabeça como a principio, entretanto, estava cada vez mais alucinada e meus pais estavam cada vez mais preocupados com as minhas atitudes.
Mas um dia, cheguei em minha casa e surpreendentemente ele estava lá. Meus olhos não acreditavam no que viam, será que era ele mesmo? Sim, estava certa, era ele. Lindo, deslumbrante e com uma roupa vermelha. Impressionada, cheguei perto dele e comecei a admirá-lo. Ele não disse uma só palavra. Então,  de repente, meus amigos e minha família apareceram felizes, e eu sem entender nada fiquei parada ali um bom tempo, até que compreendi. Era meu aniversário, havia esquecido totalmente disso. E ele estava ali porque era meu aniversário, era todo meu agora. Inacreditável! De longe, aquele foi o dia mais feliz de toda a minha vida, conheci minha primeira paixão. Ganhei meu primeiro carro, meu primeiro Newbeatle.

Amanda Borgato