sábado, 24 de janeiro de 2015

As fronteiras mentais

        Um ser humano que não teme ultrapassar as fronteiras jamais ficará preso em si mesmo. Ele consegue se libertar das correntes que o prendem em sua própria mente. Os chamados dogmas, crenças, tabus e preconceitos, todos disfarçados de valores morais ou até mesmo culturais. Valores que nos trazem culpa e muitas vezes frustração, cheio de regras, desnecessárias de serem seguidas, mas que devido aos milhões de olhares que nos julgam por cada infração, acabamos por segui-las. Regras essas, não criadas para trazer a ordem, mas sim, para agradar aqueles que pensam na matéria. Pensamentos medievais, por desejos medievais, que prendem uma sociedade em seus mundos.

         Por isso, ao se libertar dessas correntes disfarçadas, sua mente se abre para o novo, e vislumbra  a cada mundo novo por onde passa.  Ultrapassa fronteiras não só físicas e visíveis, mas também aquelas que prendem a mente do ser, impedindo-o de sua evolução moral, espiritual e intelectual, correntes poderosas que podem nos trancar dentro de nós mesmos, mas se soubermos nos libertar, não há como voltar para essa prisão, pois a mente livre, é aquela mente sábia e em busca de conhecimento, que sabe de si, mas possui um desejo incontrolável de desbravar o mundo a fora, e libertar outras mentes. Libertação que só é possível, através do autoconhecimento e da sabedoria, pois ninguém consegue derrotar esses dois pilares da evolução.

        Por isso vos digo, mesmo que simbolicamente, nós assim como todos os seres, fomos criados para voar, voar para onde nossa psique possa nos levar, lugares muito além das nossas próprias fronteiras, lugares chamados mundos, mundos que são mentes, as mentes de cada um de nós, somos todos pequenos mundos dentro de um grande universo.




Amanda Borgato